AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA E CAPACIDADE FÍSICA DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA

Gilmara Oliveira Souza Lima, Patricia Cardoso De Paula, Douglas Reis Abdalla, George Kemil Abdalla, Dayana Pousa Siqueira Abrahão, Eduardo Elias Vieria Carvalho, Samantha Batista Amui

Resumo


Introdução: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença autoimune, crônica e progressiva de origem neurológica que acomete jovens adultos entre 20 e 40 anos. Ela interfere na qualidade de vida de seus portadores, pois se trata de uma doença degenerativa e com a sua evolução ocorre a instalação de diversos comprometimento motores, que podem interferir na capacidade física deste paciente. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida e a capacidade física de pacientes com EM. Métodos: Participaram da pesquisa cinco voluntários, os quais foram submetidos à dois questionários: um sociodemográfico e um questionário de Determinação Funcional da Qualidade de Vida na Esclerose Múltipla (DEFU). Foram realizados ainda testes para avaliação da força máxima de alguns grupos musculares e o teste de caminha de seis minutos. Resultados: Verificou-se que todos os voluntários tiveram uma qualidade de vida moderada quando aplicado o DEFU, apresentando um escore entre 127 e 174. Além disso, verificou-se uma diferença da força muscular, da distância percorrida, da variação de frequência cardíaca e pressão arterial proporcional ao tempo de diagnóstico e a presença de surtos e sequelas. Conclusão: Observou-se que a prática regular de atividade física interfere nas complicações secundárias às sequelas que a EM deixa em seus portadores, diminuindo-as ou retardando-as, melhorando, assim, a qualidade de vida e a capacidade física deste paciente.


Palavras-chave


Fisioterapia; Esclerose múltipla; Qualidade de vida, fadiga muscular, capacidade física

Texto completo:

PDF

Referências


ABEM. O que é Esclerose Múltipla? 2016. Disponível em: . Acesso em 18 de abril de 2016.

ABEM. Diagnóstico 2016. Disponível em: . Acesso em 20 de abril de 2016.

ADAMS R.D. VM, ROPPER A.H., SAMUELS M.A. Principles of Neurology. 2009.

ATS Statement: guidelines for the six-minute walk test. Am J Respir Crit Care Med. 166(1):111-7, 2002.

CALLEGARO, D. Esclerose múltipla. In: NITRINI, R., BACHESCHILA. A neurologia que todo médico deve saber. 2. ed. São Paulo: Atheneu, p. 335-340, 2003.

CARDOSO, F. A. G., Atuação fisioterapêutica na Esclerose Múltipla forma recorrente-remitente. Revista Movimenta, v.3, n2, p. 69-75, 2010.

CELLA D.F.; DINEEN K; ARNASON B;REDER, A.; WEBSTER, K.A.; KARABASTSOS, G.; CHANG, C.; LLOYD, S. MO, F.; STEWART, J.; STEFOSKI,D. Validation of he functional assessment of mult8iple sclerosis quality of life instrument. Neurology, v.47, n.1, p. 129-139, 1996.

CERQUEIRA, A.C.R., NARDI, A.E. Depressão e esclerose múltipla: Uma visão geral. Rev Bras Neurol v. 47, n. 4, p.11-16, 2011.

COENEN, M., BASEDOW-RAJWICH, B., KONIG, N. Functioning and disability in multiple sclerosis from the patient perspective. Chronic Illness, v.7, n 4, p. 291– 310, 2011.

EBERS, G. Blue Books of Pratical Neurology Multiple Sclerosis-2. W. McDonald and J. Noseworthy Ed. Natural History of Multiple Sclerosis Butterworth-Heinemann (USA), p.21-32, 2003.

FERREIRA, F.O.; LIMA, E.P.; VASCONCELOS, A.G.; PEIXOTO, M.A.L; HAASE, V.G. Velocidade de processamento, sintomas depressivos e memória de trabalho. Psicologia: Reflexão e Crítica, Porto Alegre, v. 24, n. 2, 2011.

FERNÁNDEZ O., FERNÁNDEZ V.E. Esclerosis múltiple: una enfermedad relativamente frecuente en España. Fundación Española de Esclerosis Múltiple (FEDEM). Málaga, 1997.

FILHO, H.Á.; CARVALHO, S.R.S.; DIAS, R.M.; AVARENGA, R.M.P. Principais testes utilizados na avaliação de fadiga na esclerose múltipla. Revisão sistemática. Revista Brasileira Neurologia, v. 46 (2): p. 37-43, 2010.

FRY, D.K., PFALZER, L.A., CHOKSHI, A.R., WAGNER, M.T., EMILY S. JACKSON,E.S. Randomized control trial of effects of a 10- week inspiratory muscle training program on measures of pulmonary function in persons with multiple sclerosis. J Neurol Phys Ther, v. 31, n.4, p. 162-72, 2007.

GEIGER R, STRASAK A, TREML B, GASSER K, KLEINSASSER A, FISCHER V et al. Six-minute walk test in children and adolescents. J Pediatr.; 150 (4): 395-9, 2007.

GROSSELINK R, KOVACS L, DECRAMER M. Respiratory muscle involvement in multiple sclerosis. Eur Respir J, v. 13, n. 2, p.449–54, 1999.

LACERDA, Acioly Luiz Tavares. et al. Depressão: do neurônio ao funcionamento social. Porto Alegre: Artmed, 2009.

LI AM, YIN J, AU JT, SO HK,TSANG T, WONG E et al. Standard reference for the six-minute-walk test in healthy children aged 7 to 16 years. Am J Respir Crit Care Med.; 176 (2): 174-80, 2007.

MATVEEV, L.P., O processo de treino desportivo. Livros Horizonte, Lisboa 1981.

MENDES, M. F.; BALSIMELLI,S.; STANGEHAUS,G.; TILBERY,C. P. Validação de Escala de Determinação Funcional da Qualidade de Vida na Esclerose Múltipla para a língua portuguesa. Arq Neuropsiquiatr, v.62, n.1, p. 108-113, 2004.

MOTL, R. W.; MCAULEY, E.; MORRIS, K.S.; HU, L.; DOERKSEN, S.E.; ELAVSKY, S.; KONOPACK, J.F. Enhancing physical activity adherence and well-being in multiple sclerosis: arandomised controlled trial. Rev. Multiple sclerosis, v. 13, p. 652-659, 2007

MOURA, E. W.; LIMA, E.; BORGES, D.; SILVA, P. D. Fisioterapia: aspectos clínicos e práticos da reabilitação. Artes Médicas Lda, v.2. SP-Brasil, 2010.

NEGRÃO C.E, BARRETO, ACP. Noções sobre fisiologia integrativa no exercício. In: Negrão, CE, Barreto, ACP. Cardiologia do exercício: do atleta ao cardiopata. 2 ed. Barueri: Manole, 2009.

NILSAGARD, Y. E., FORSBERG, A. S. E VON KOCH, L. Balance exercise for persons with multiple sclerosis using Wii games: a randomised, controlled multi-centre study. Multiple Sclerosis Journal, v.19, p.209-16, 2012.

NOGUEIRA, L.A.C; BAITELLI, C.; ALVARENGA, R.M.P.; THULE, L.C.S. Tradução e adaptação transcultural da Multiple Sclerosis Walking Scale - 12 (MSWS-12) para a língua portuguesa do Brasil. Cad. Saúde Pública. v.28 n.5. p.998-1004, 2012

PAVAN, K; SCHMIDT, K; ARIÇA, T; MENDES, M; TILBERY, C; LIANZA, S. Avaliação da fatigabilidade em pacientes com esclerose múltipla através do dinamômetro manual. Arq. Neuropsiquiatr, São Paulo, v. 64, n. 2A: p. 283-286, 2006.

PAVAN, K., MIGUEZ, P. B., MARANGONI, B. E., TILBERY, C. P., LIANZA, S. Comportamento da incontinência urinária em pacientes com esclerose múltipla w a sua influência na qualidade de vida. Archives of Physical Medicine and Rehabilitation, v.29, n1, p1-2, 2010.

PEREIRA GC, VASCONCELLOS THF, FERREIRA CMR, TEIXEIRA DG. Combinações de Técnicas de Fisioterapia no Tratamento de Pacientes com Esclerose Múltipla: Série de Casos. Rev Neurocienc; 1-11, 2012.

QUINTANILHA, R. S.; LIMA, L. R. Avaliação da qualidade de vida em portadores de Esclerose Múltipla. Revista de Enfermagem UFPE, v. 4, n. 1, p. 153- 161, 2010.

RODRIGUES, I.F; NIELSON, M.B.P; MARINHO, A.R. Avaliação da fisioterapia sobre o equilíbrio e qualidade de vida em pacientes com esclerose múltipla. Revista Neurociências, São Paulo, Ed.16, n.4. Pag. 269-274, 2008.

SADOVNICK A.D. Genetic epidemiology of multiple sclerosis: a survey. Ann Neurol, v.36, n2, p194-203,1994.

SCALFARI A, NEUHAUS A, DEGENHARDT A, et al. The natural history of multiple sclerosis: a geographically based study 10: relapses and long-term disability. Brain; 133(Pt 7):1914-1929, 2010.

TABOSA, ANGELA; YAMAMURA, YSAO. Fadigas como fator etiopatogênico energético. Revista Acupuntura, v. 6, n 2, p. 101-104, 2000.

UMPHRED, D.A. Fisioterapia neurológica. São Paulo: Manole; 1994.

UMPHRED, D. A. Reabilitação Neurológica. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier 2010.

ZEIGELBOIM, B. S.KLAGENBERG, K. F.; LIBERALESSO, P. B. N.Reabilitação vestibular: utilidade clínica em pacientes com Esclerose Múltipla. Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, v.15, n.1, p. 125-128, 2010.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2017 JORNAL DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS E SAÚDE