AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DE ESTUDANTES E PROFISSIONAIS DA SAÚDE SOBRE A FASE PRÉ-ANALÍTICA DE AMOSTRAS HEMATOLÓGICAS

Douglas Reis Abdalla, Isabel Cristina dos Santos Resende, Fabiano Aurélio Ribeiro Fedrigo, Jannaina Grazielle Pacheco, Priscila Freitas Barbosa Siqueira, Emanuella Francisco Fajardo

Resumo


Introdução: O laboratório de análises clínicas tem um papel fundamental, pois, auxilia nas decisões diagnósticas e terapêuticas. Atualmente a fase pré-analítica é responsável por cerca de 70% do total de erros ocorridos nos laboratórios clínicos e as etapas envolvidas neste processo são: preparação do paciente, a anamnésia, a coleta, o armazenamento, e o transporte da amostra biológica. Objetivo: Avaliar o conhecimento da fase pré-analítica entre acadêmicos do último período de uma faculdade particular e de profissionais de saúde de uma instituição privada, na cidade de Uberaba – MG, sobre coleta sanguínea venosa, arterial e para hemocultura. Método: Foram avaliados, por meio de questionários, 59 pessoas, entre alunos de uma instituição de ensino privado, e profissionais da área da saúde de instituições privadas da cidade de Uberaba-MG, contendo questões sobre a fase pré analítica em um laboratório de Hematologia.  Os dados foram digitados em planilhas em Microsoft Office Excel, para construção das tabelas e gráficos e analisados estatisticamente pelo programa SPSS. Resultados: Quanto ao aditivo que contém no tubo utilizado para coleta de hemograma, o índice de acerto dos profissionais foi de 100% (24), já 18,8% (3) dos estudantes erraram, enquanto 10,8% (2) dos profissionais e estudantes erraram. Ao serem questionados sobre a cor da tampa do tubo que não contém anticoagulante, 50% (8) dos estudantes e 21,1% (4) dos profissionais e estudantes se equivocaram. Conclusão: Por meio dos resultados apresentados notamos que os profissionais da área estão muito bem capacitados, enquanto os estudantes ainda possuem falhas no conhecimento, que pode estar relacionado à inexperiência da prática profissional.


Palavras-chave


Coleta de sangue; Erros laboratoriais; Fase Pré-analítica

Texto completo:

Artigo Original

Referências


BANFI, J. C. Gestão da qualidade na saúde: princípios básicos. São Paulo: Loyola, 2003.

BERLITZ, F. A. Controle da qualidade no laboratório clínico: alinhando melhorias de processos, confiabilidade e segurança do paciente. J Bras Patol Med Lab, v. 46, n. 5, p. 353-63, 2010.

BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial da União, Brasília, 2005.

FRASER, C.G. Biological variation: from principles to practice. Washington: AACC Press, 2001.

GUDER, W.G.; NARAYANAN, S; WISSER, H; ZAWTA, B. Samples: from the Patient to the Laboratory – The impact of preanalitical variables on the quality of laboratory results. Darmstadt: GIT VERLAG GMBH, 1996.

GUIMARÃES, A. C. et al. O laboratório clínico e os erros pré- analíticos. Revista do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, v. 31, n. 1, p. 66-72, 2011.

INDEVUYST, C; SCHUERMANS, W; BAILLEUL, E; MEEUS, P. The order of draw: much ado about nothing. International Journal of Laboratory Hematology. 37: 50–55. doi: 10.1111/ijlh.12230, 2015.

KONEMAN, E. W; ALLEN S. D; DOWELL, V. R. et al.Diagnóstico Microbiológico. 6ª Edição, Rio de Janeiro: Ed. Médica e Científica, 1465p, 2006.

LIMA-OLIVEIRA, G. S. et al . Controle da qualidade nacoleta do espécime diagnóstico sanguíneo: iluminando uma fase escura de erros pré-analíticos. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v. 45, n. 6, 2009.

LIPPI, G; GUIDI, G. C. Preanalityc indicators of laboratory performances and quality improvement of laboratory testing. ClinLab, v. 52, p. 457-62, 2006.

MOTTA, V. T. Bioquímica clínica para o laboratório. 5. ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2009.

O’GRADY, N. P; BARIE, P. S. et al. Practice Guidelines for Evaluating new fever in critically adult Patients. Clin. Infect. Dis. 26:1042-59, 1998.

OLIVEIRA, G. S. L. Estudo de fonte de erros nosprocessos de flebotomia com ênfase na estase venosa em parâmetros bioquímicos.Tese (Mestrado) – Ciências Farmacêuticas – Análises Clínicas. 2007.

PLEBANI, M.; CARRARO, P. Mistakes in a stat laboratory: types and frequency. Clin. Chem., v.48, p.1348-1351, 1997.

PLEBANI, M; PIVA, E. Medical errors: pre- analytical issue in patient safety. Journal of Medical Biochemistry, Georgetown. v. 29, n. 4, p. 310- 314, 2010.

RIN, G. Pre-analytical workstations as a tool for reducing laboratory errors. Journalof Medical Biochemistry, Georgetown, v. 29, n. 4, p. 315- 324, 2010.

Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial. Recomendações da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial para Coleta de Sangue Venoso, 2 ed, 2009.

TELELAB. Coleta de sangue: Diagnostico e monitoramento das DST, Aids e Hepatites Virais: Brasilia, Ministerio da Saude, Departamento de DST, Aids e hepatites Virais. P. 98, 2010.

VACUETTE DO BRASIL. Guia prático para coleta de sangue. Campinas, 2002.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


Direitos autorais 2017 JORNAL DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS E SAÚDE