ANSIEDADE RELACIONADA À QUARENTENA DEVIDO À PANDEMIA DE COVID-19 EM PACIENTES DIABÉTICOS DO GRUPO HIPERDIA

Resumo

Essa pesquisa teve por finalidade verificar os efeitos da pandemia de COVID-19 sobre a ansiedade
de pacientes diabéticos frequentadores de um Grupo Hiperdia, através de um estudo longitudinal
retrospectivo e prospectivo de abordagem quantitativa. Para avaliar a ansiedade-traço e ansiedadeestado,
foi utilizado o IDATE. Participaram da pesquisa 28 idosos originários de um grupo de 156
pessoas atendidas pelo Grupo Hiperdia, os quais não foram todos inclusos na análise em função
da menoridade, uso prévio de ansiolíticos e impossibilidade de manter comunicação via telefone.
Houve a predominância do sexo feminino (78,6%). A maior parte dos participantes já eram
acompanhados pelo grupo hiperdia a mais de 3 anos e menos de 5 anos (13; 46,4%) e achavam os
serviços ofertados pelo grupo e o acompanhamento em saúde bons (13; 46,4%). Os participantes
indicaram uma mudança importante no comportamento dada à pandemia. Ademais, observa-se
que a média geral das medidas de glicemia antes da pandemia foi de 151,3 (±52,5) dL/mg,
enquanto que a média geral das medidas pós pandemia foi de 164,4 (±53,3) dL/mg. É possível
observar um aumento entre a média geral pré pandemia e a média geral pós pandemia. Em se
tratando da ansiedade-traço, os participantes se encontravam moderadamente ansiosos (16;
57,1%) e para as características estado, dividiram-se entre baixa ansiedade e média ansiedade
(50% cada). Portanto, conclui-se que a pandemia e isolamento social impactaram sobremaneira
as esferas mental e glicêmica de pacientes idosos e diabéticos; ademais, tal estudo revela a
necessidade de desenvolvimento de novas propostas de organização e implementação de serviços
de atenção à saúde mental para garantir assistência aos usuários do sistema público de saúde no
atual cenário pandêmico.
Palavras-chave: Infecções por Coronavirus; Ansiedade; Diabetes Mellitus