VIGILÂNCIA ATIVA COMO ESTRATÉGIA DE CONTROLE DE INFECÇÕES POR MRSA NO MÁRIO PALMÉRIO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

Gabriela Rezende Melo, Fernanda Cunha Castro, Pedro Teixeira Meireles, Victor Mateus Achcar, Guilherme Henrique Machado

Resumo


Introdução: Staphylococcus aureus é um dos patógenos bacterianos que mais causam infecções comunitárias e as nosocomiais, muitas vezes, multirresistentes. Sabendo disso, a vigilância ativa permite a detecção precoce de microrganismos emergentes em portadores assintomáticos e assim menos infecções. Objetivo: O presente trabalho objetiva uma análise crítica acerca dos preditores utilizados para precaução de contato em um Hospital Universitário, no intuito de avaliar a eficácia no controle de resistência bacteriana. Metodologia: Dessa forma, trata-se de um estudo transversal, desenvolvido no Mário Palmério Hospital Universitário (MPHU), hospital referência para a população uberabense e demais regiões. A pesquisa foi realizada por meio da análise de 598 prontuários e revisão bibliográfica para interpretação dos resultados e validação ou não do protocolo instituído. Resultados: Em um total de 598 prontuários analisados, houve positividade para Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) em 19 culturas de secreção nasal, o que correspondeu a uma prevalência de 3,17%. Estudos em outras regiões do Brasil revelaram diferentes frequências desse patógeno. Com isso, observa-se que a frequência de MRSA pode variar entre regiões e países, o que sugere que a prevalência desse patógeno está relacionada com características clínicas e epidemiológicas das populações estudadas. Conclusão: Portanto, dentro do MPHU, notou-se pequena frequência para MRSA, o que sugeriu que o protocolo instituído pela SCIH tem sido eficaz na detecção de microrganismos resistentes, que inclui a instituição de precauções de contato para detecção de um patógeno de baixa prevalência.

Palavras-chave


MRSA, vigilância ativa, preditores de risco

Texto completo:

ARTIGO 04

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