PESQUISA EM FISIOTERAPIA

Dayana Pousa Siqueira Abrahão

Resumo


 

O mercado de trabalho está cada dia mais aberto a interações, comunicações e diálogos exigindo novas práticas e a oferta de instrumentos capazes de eliminar as barreiras do desconhecido, possibilitando a aceleração das transferências de novas tecnologias e o estabelecimento de meios de comunicação que conduzem os Fisioterapeutas para o futuro.

Um meio extremamente eficaz e capaz de facilitar o acesso ao conhecimento do futuro é a pesquisa científica.

Durante muito tempo, os Fisioterapeutas atuaram com base nas informações provenientes de livros de reabilitação produzidos em outros países, onde a característica mais marcante eram os protocolos preestabelecidos, que dispensavam a necessidade de pensar para a tomada de decisões, tornando um profissional de nível superior subutilizado, sendo apenas um mero reprodutor de técnicas.

Felizmente, essa tendência sofreu grandes mudanças e hoje a prática clínica é necessariamente alicerçada em pesquisa científica, que tem evoluído muito nos últimos anos e já colhemos os frutos dos resultados de pesquisas brilhantes na área de forma que os estudos além de possibilitar a atualização profissional, são ricas fontes para o aprendizado.

Em contradição ao dispendioso trabalho exigido anteriormente, de buscas extenuantes em bibliotecas não integradas, distribuídas nas várias regiões do país e do mundo, hoje os meios eletrônicos organizam as informações e facilitam o acesso à informação desejada por meio de bases de dados como Cochrane Library, MEDLINE, LILACS, SciELO, PubMed, etc. De qualquer forma, o Fisioterapeuta precisa ter preparo para julgar as evidências que vier a encontrar.

Cada vez mais os Fisioterapeutas se interessam por pesquisa e seus resultados. A prática fisioterapêutica baseada em evidências é uma realidade e ganha cada vez mais adesão; tornou-se rotina o Fisioterapeuta fundamentar sua intervenção em pesquisas anteriores ou em revisões sistemáticas, o que torna o Fisioterapeuta um profissional com atuação consistente, adotando métodos e técnicas comprovadas cientificamente, trazendo resultados satisfatórios para seus pacientes.

A pesquisa científica exposta aos Fisioterapeutas através dos periódicos estimula a reflexão, provoca alterações no comportamento e nas atitudes do exercício profissional, além de contribuir para a concretização e difusão do que há de mais atual dentro da atuação profissional.

Não é necessário que todos os Fisioterapeutas sejam produtores de conhecimento, ou seja, pesquisadores, mas é obrigatório que todos eles sejam leitores assíduos dos resultados de pesquisas científicas, que irão contribuir para o bom exercício da Fisioterapia.

A pesquisa científica em Fisioterapia aborda a prática Fisioterapêutica em ambientes diversos abrangendo desde as complexidades ambulatoriais até as hospitalares, tornando os profissionais mais atualizados e inseridos no que há de mais novo e adequado dentro da sua área de atuação.

Além de atualizar os conhecimentos em áreas já conhecidas, a pesquisa científica também apresenta a atuação Fisioterapêutica em segmentos pouco explorados pelos profissionais. Assim, os periódicos fornecem acesso ao conhecimento de forma direta, pois é nessa interação possibilitada pela pesquisa científica que a atuação profissional se torna concreta, fazendo da teoria e da prática um todo articulado.

A pesquisa científica informa e mantem no mercado profissionais com elevado nível de excelência, com capacidade crítica, criativa e humanizada, preparados para oferecer à comunidade atenção à saúde de ponta.

A partir dos resultados e conclusões publicadas transferem-se conhecimentos, renovam-se práticas e condutas são transformadas. Há de se ter a convicção que esta transformação é preceito fundamental para a nutrição da dinâmica renovadora da nossa área.



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